quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Boneca do Orfanato Final



No dia seguinte, totalmente abatido, triste, humilhado e confuso Richard se encontra com Lua no café da manhã como era o costume.

Ele se pegava a todo o momento olhando para Robert e imaginando mil maneiras criativas de matar-lo, ele nunca sentiu tanto ódio de uma pessoa em sua vida, o raiva era tanta que ele se esquecia por segundos que estava ao lado de Lua, mas logo se lembrava quando ela o dirigia a palavra:

_Richard você está tão avoado, no que está pensando?

_Ah, não é nada apenas estou com sono, não tive uma boa noite ontem.

_Oh querido que pena, então é por isso que está com estes olhinhos fixos?!

_É.

_Coma seu bolo Richard, você precisa se alimentar está muito magrinho.

Neste momento Richard olha para Lua, a encara nos olhos, de alguma forma aqueles olhos lhe traziam paz, ele não podia acreditar que ela era falsa com ele, ela o tratava de forma tão carinhosa enquanto falava, Richard sentia na voz dela que estava feliz, que gostava de estar ali com ele.

Aquilo tudo não podia ser apenas pena, era amor e disso Richard não tinha mais dúvidas.

Então enquanto seus olhos se chocavam em uma fixação penetrante, Richard pergunta seriamente a Lua:

_Você me ama de verdade?

Lua fica meio sem surpresa e inquieta com a pergunta, após segundos de silêncio ela responde:

_Sim, sim eu te amo, eu te amo, e tenho certeza disso.

Richard sorri para Lua e a abraça, após estas palavras que lhe apreciam o cúmulo da sinceridade ele sentia-se mais confiante e estava certo que o dito de Robert do dia anterior era apenas um blefe.

Após o café Richard resolve dar uma volta pelo o pátio do orfanato, ele repara em uma pequena casinha que tem ao lado de fora, sempre via quilo ali mas nunca se sentiu curioso a respeito, aproveitou a oportunidade para perguntar a umas das irmãs que estavam por ali cuidando do jardim:

_Irmã, o que aquela casinha?

_Ali é onde guardamos coisas velhas.

_Está aberto?

_Sim está, pode ir lá ver se quiser.

_OK, vou lá,

Richard vai até a porta da casinha, adianta sua mão vagarosamente à maçaneta enferrujada temendo o que podia encontrar lá dentro, nem ele sabia explicar mas no momento em que se aproximou da porta sentiu uma energia estranha, algo que parecia intimo mas que ao mesmo tempo nunca havia sentido antes.

Ao abrir a porta, a casinha estava extremamente escura e apenas a luz que entrava por entre a porta ela sua guia, e ela iluminava um rosto. Neste momento Richard deu um pulo de susto, mas a curiosidade foi maior e ele acaba a arreganhar a porta por inteiro, e então a luz ilumina uma boneca de estética horrível com roupas antigas e o mais incrível era que ela tinha o mesmo tamanho que Richard.

Ao ver a boneca ele sente algo mais forte do que antes, a boneca exalava alguma coisa que o atraia, então ele se aproxima da boneca e olhando fixo nos seus olhos estáticos e inexpressivos, ele sente que aquela boneca não era como uma convencional algo sobrenatural envolvia ela.

Richard pega-a em mãos e afasta as teias de aranha de seu rosto, limpa suas vestes que estavam muito empoeiradas com o tempo e a leva para o lado de fora, pergunta a irmã:

_O que isso irmã?

_Oh onde encontrou isso?

_Na casinha.

_Bote isso de volta, agora.

_Espere, me diga de quem era.

_Não apenas devolva.

_Por favor irmã eu preciso saber.

_Você não precisa de nada, bote de volta e vá para dentro.

Richard fica impressionado com a boneca e nem ele sabe o por que, então ele lembra de uma pessoa que está ali tempo o suficiente e que talvez saiba algo sobre aquilo, ele procura por Ágata.

Ágata era uma garota muito feia e extrovertida, talvez este seja o motivo dela nunca ter sido adotada, mas ela já estava ali a bastante tempo e hoje, já não era mais uma interna, ela trabalhava efetivamente na limpeza do orfanato.

Richard chega até ela dizendo:

_Oi Ágata.

_Oi.

_Posso te fazer uma pergunta.

_Claro, por que não?!

_Eu estava na casinha do lado de fora do orfanato e encontrei uma boneca grande, ela tinha mais ou menos o meu tamanho você sabe algo sobre ela?

_Acho que sim, é uma de vestes antigas?

_Exatamente.

_Pois bem menininho, prepare-se para a história mais arrepiante do orfanato.

Richard arregala os olhos e em seguida apura os ouvidos para ouvir sem erro o que Ágata tinha a dizer sobre a boneca.

Ágata olha para os lados fecha a porta da sala que estavam e põe-se a falar como louca:

_Bom, esta história acontece antes mesmo de eu vir pra cá, diz a lenda que havia uma menininha muito pequena que veio parar aqui no orfanato quando seus pais morreram em um acidente, ela era muito excluída e estranha, só ficava com aquela boneca dia e noite, não falava com ninguém apenas com a boneca. Por ser tão estranha não tardou a ser motivos de chacota pelas outras crianças, dizem que não costumava se irritar com as chacotas, apenas quando eram direcionadas a sua boneca, que chamava de Seraphine. Ela morria de ciúmes da boneca, ninguém podia tocá-la e nem ao menos falar mal dela, que a menina ficava louca.

_E como essa menina se chamava?

_A sim, espera, preciso lembrar... acho que era Salua, Sulia, Slulua algo do tipo. Mas continuando, você sabe em frente a casinha? Tem aquele jardim grande.

_Sim claro.

_Ali tinha uma lagoa antes, era bem funda, quando cheguei aqui já tinham aterrado. Mas vamos a história, então três garotos resolvem fazer uma brincadeirinha com a menina, eles pegam a boneca e levam para lagoa, a garota veio como louca atrás deles, então quando ela chegou perto de um dos meninos para pegar a boneca, ele a jogou dentro da lagoa, a menina não sabia nadar e mesmo assim não pensou duas vezes antes de pular atrás da boneca, não deu outra, ela morreu afogada.

Richard arregala os olhos põe a mão em frente a boca e diz em voz sufocada:

_Sério?

_Claro, e não me interrompa idiota, ainda tem mais. Após isso a boneca foi guardada em um armário, aquele dentro do dormitório feminino, ela ficou anos lá, e quando cheguei aqui ela ainda estava lá guardada. Mas era muito estranho por que dês de então todas as noites nós podíamos ouvir a boneca batendo de dentro do armário pedindo para sair, ela gritava:

_Socorro, me deixem sair, eu estou sem ar.

E todas as noites era a mesma coisa, daí quando as meninas começaram a reclamar com as irmãs chorando e desesperadas de medo, elas resolveram tirar a boneca de lá e por lá fora.

_Mas por que não jogaram fora?

_Elas jogaram, mas nos dias seguintes a boneca sempre aparecia de novo dentro da casinha, ai chamaram um exorcista para a boneca e dês de então não tiveram mais problemas com ela.

_Nossa essa história é mesmo impressionante.

_Mas por que você se interessou por isso?

_Bom eu vi essa boneca na casinha e achei interessante só isso.

_Á é mesmo, bom tome cuidado com ela, mesmo já exorcizada eu ainda morro de medo.

_OK, e obrigado pela ajuda Ágata.

E então Richard, volta muito pensativo no que acabara de ouvir, estava impressionado com tal história e muito arrepiado também.

Mas isso não era o mais importante para ele no momento, pois logo ele se lembrou do que Robert lhe havia dito, e foi dito e feito, bateram 00:00hr no relógio do orfanato e Richard caminhou até os corredores do banheiro, onde de longe avistou Robert e Lua conversando, ao ver aquilo Richard sente seu coração arder e seu estômago congela em questão de segundo, ele não podia ouvir o que eles conversavam pois estava de longe.

Ficou atento a todos os movimentos dos dois temendo um beijo, Robert e Lua conversavam porem Richard não ouvia:

_Robert, eu já te disse, eu não quero mais nada com você, eu estou mesmo amando o Richard.

_Como pode amar aquela bonequinha, você não gosta de homem?

_Saiba você que o Richard é muito mais homem do que qualquer garoto aqui deste orfanato, ele sim sabe como tratar uma dama ele é um fofo e você um estúpido arrogante.

_Você me chamando de arrogante? Tudo isso que você fez comigo e com aquela Bonequinha não acha isso arrogante também? Você pode não saber mas eu também tenho sentimentos Lua e eu te amo.

_Eu sei Robert, mas infelizmente eu não tenho o que fazer, eu estou mesmo gostando Richard.

Robert olha no fim do corredor e vê que Richard já está ali, e então diz para Lua:

_Bom eu aceito minha derrota, mas com uma condição.

_Que condição?

_Me dê nosso ultimo beijo, por favor.

_OK, se for só isso tudo bem.

Então Lua e Robert se beijam, e Richard assiste a tudo do fim do corredor, naquele momento foi como se uma espada estivesse sido enfiada em seu coração sem piedade alguma, suas pernas estremeceram e ele caiu de joelhos no chão, de cabeça baixa ele se pões a chorar, tudo aquilo que ele passou, acreditando no amor dos dois, foi tudo em vão.

A única pessoa que ele confiava lhe traiu da pior forma, ele sentiu que não podia ser amado por ninguém, sua ultima esperança era Lua, e agora ele não a tem mais, ele só tem a certeza da falta de caráter da pessoa que tanto amou.

Richard se retira dali aos prantos, e se encosta na porta do dormitório, escorrega pela porta e cai sentado diante dela, neste momento o que ele sentia era puro ódio, ele sentia raiva de Lua, ele sentiu raiva de cada palavra, de cada olhar, de cada sorriso, de cada beijo e de cada gesto que ela já tenha feito para ele.

O ódio tomava conta da cabeça e do coração de Richard, ele queria matar-la e matar a todos que já o fizeram sofrer, ele estava revoltado em como sua vida era miserável, ele queria que todos a sua volta tenham está miséria pagando com a própria vida.

Neste momento de ódio predominante Richard escuta uma voz em sua cabeça, esta dizia:

_Richard, socorro me tire daqui e eu o ajudarei a se sentir melhor.

_Quem está falando isso?

_Richard sou eu, Seraphine, venham me ajudar, eu não agüento mais estar presa aqui.

Richard levanta-se e vai a caminho da saída dos fundos, onde ele daria em frente a casinha, chegando lá a porta estava trancada, então a voz pôs-se a dizer:

_Richard quebre as janelas, ninguém irá te ouvir eu garanto.

Então Richard pega uma cadeira e joga pela janela, ele corre para o pátio, e abre porta da casinha violentamente, neste momento a chuva começa a cair e os trovões partirem os céus, a luz dos trovões iluminava a casinha, dando a noção de onde estava a lâmpada.

Richard acende a lâmpada, e Seraphine estava ali diante dele estática, e calada, o menino abaixa-se diante dela, olha em seus olhos e mais uma vez escuta em sua cabeça:

_Oh Richard obrigada, agora preciso te ajudar. Pegue minhas roupas e veste-as, assim poderei te ajudar a descarregar todo este ódio, em breve você estará leve e feliz novamente, confie em mim.

Então seduzido por tais palavras, Richard veste a roupa da boneca, levanta-se e anda vagaroso em direção a porta, quando escuta em sua cabeça novamente:

_Onde pensa que vai? Volte aqui, você precisa de mais uma coisa.

Richard volta, e para diante dos entulhos, a boneca diz:

_Veja dentro daquela caixa rasgada.

Ele abre a caixa e se depara com uma tesoura de aparar arbustos, enorme, a boneca diz:

_Pegue isto, agora está na hora de descontar tudo o que nos fizeram aqui dentro, isso é por mim e por você Richard.

Então Richard caminha até o orfanato chorando, ele sentia ódio mas não queria machucar ninguém, subiu as escadas:

_Pronto querido, agora vá até o dormitório feminino.

Richard não queria, mas não podia evitar de obedecer a voz de Seraphine, ela era sedutora, suave, convincente.

Então ele vai em direção ao dormitório feminino, abre a porta segurando a tesoura, e entra no dormitório, imediatamente ele escuta em sua mente:

_Ótimo Richard agora irei tapar os ouvidinhos delas para não escutarem a surpresinha.

Então ele foi degolando com a tesouras as meninas uma a uma, no fim o dormitório virou um grande festival de sangue, havia sangue espirrado por todo canto o chão estava molhado, e a única coisa que se ouviu naquele quarto foi o barulho do sangue gotejando e as sapatilhas de Richard tocando o chão.

_Que lindo trabalho Richard, se sente melhor querido?

_Ainda não é o suficiente.

_Oba, era isso que esperava você dizer, que tal o dormitório masculino?

_Eu adoraria.

E então Richard caminhou ensangüentado ao dormitório masculino, abriu a porta, entrou.

_Agora irei tampas os ouvidinhos deles também, não é justo que vejam a surpresa.

E então mais uma vez Richard passou degolando menino por menino naquele dormitório, parando apenas em Robert, após alguns segundos o observando dormindo Richard diz:

_Destampe os ouvidos dele, eu quero ouvir ele me chamando de bonequinha mais uma vez.

_OK, meu amor.

Então Richard acende as luzes para que Robert possa ver seus colegas degolados e sangrando como galinhas abatidas, no momento em que as luzes foram acesas Robert acorda, e solta um grito aterrorizado ao ver a cena, ele fica estático em sua cama não consegue se mexer.

Richard se aproxima dele sobe em sua cama e diz apontando a tesoura para ele:

_Me chame de bonequinha!

Robert não conseguia responder, o medo apenas o fazia estremecer. Richard volta a dizer:

_Me chame de bonequinha, agora!

Robert mais uma vez mantêm-se calado. Richard grita em um berro gutural:

_Me chame de bonequinha seu filho da puta estúpido.

E quando Robert toma ar para dizer alguma coisa, antes que possa falar, Richard enfia a tesoura aberta no pescoço dele e fecha violentamente, fazendo com o que o sangue de Robert espirre todo em sua face, o deixando ainda mais encharcado de sangue.

Isso o satisfez de uma forma demoníaca. Mas ainda não acabou, ainda falta alguém que Richard adoraria matar, a Seraphine aborda ele dizendo:

_E agora? Satisfeito?

_Não, ainda falta alguém, a pessoa mais importante, mas não sei onde ela está, não estava no dormitório.

_Eu sei onde está, ela está no banheiro, se você correr ainda a pega lá,

_Perfeito!

Então Richard põe-se a correr em miúdos, com aquela saia comprida e suja de sangue, a roupa dava um aspecto ainda mais feminino a Richard o que tornava tudo ainda mais estranho. Chegando a porta do banheiro Richard, respira fundo e diz:

_É agora.

Ele entra e Lua estava lavando as mãos, ao se depara com Richard naquelas vestes e todo sujo de sangue, antes que pudesse reparar na tesoura, ela se adiantou o abraçando e dizendo:

_Oh meu amor o que houve com você? Você está bem querido?

_Não.

_O que aconteceu?

Neste momento Richard enfia com força a tesoura na barriga de Lua, que por ser grande atravessa a menina, e diz no ouvido dela:

_Você me enganou da forma mais cretina, como pode fazer isso comigo Lua?

Ela olhando nos olhos dele, diz em meio ao sangue que saia de sua boca:

_Richard... quando eu disse que te amava eu nunca havia sido mais sincera na minha vida.

Richard com muito ódio do que acabara de ouvir, empurrou com mais força a tesoura, fazendo com que sua própria mão atolasse na barriga de Lua, e disse:

_Mentirosa!

Então os olhos de Lua que costumavam serem tão vivos, estavam morrendo diante de Richard, e mesmo nesta situação eles ainda passavam toda aquela paz e confiança que conquistaram o menino, neste momento beirando a morte, Lua olha nos olhos dele sorrindo e diz com toda a sinceridade:

_Richard eu te amo.

FIM

A Boneca do Orfanato III



As manhãs no orfanato pareciam clarear-se mais luminosas para Richard nos dias seguintes, a felicidade que finalmente após tanto tempo predominou em seu coração, fez com que ele aturasse todas as humilhações, e com cabeça erguida seguia cada dia contemplando estupefato seu amor por Lua, que aparentemente era correspondido fervorosamente.

Richard ficava boquiaberto com a desenvolvida experiência de Lua em relações intimas moderadas. Acreditava ele que experimentava ali o ápice das relações homem-mulher, tudo era novo para o inexperiente menino.

Na manhã de segunda feira, Richard acordou seguindo sua respectiva rotina, que era repleta de humilhações e sofrimentos.

Ao entrar no refeitório, Richard senta-se em seu lugar de costume ao lado de Lua, a vontade que o dominava a todo tempo que estava perto dela no orfanato, era de beijá-la livremente como um casal comum que não deve nada a ninguém, mas a realidade era outra, alem de estarem em local no qual tal atitude era proibida, ainda era novo para tal regalia, que nem mesmo fora do orfanato seria aceita de bons prados.

Seguiram o café da manhã tranquilamente, Richard muito feliz ao lado de quem ama.

Após o café foi à sua tarefa de limpeza periódica no dormitório Masculino, quando finalmente estava perto de terminar, Robert entra com uma sacola em mãos e um garoto gordo ao lado. Eles chegam em frente a Richard e Robert diz:

_Olá Boneca, como está a limpeza.

Richard responde cabisbaixo:

_Já estou terminando.

Robert olha maldosamente nos olhos de João o garoto gordo, e estampa em sua face um sorriso sádico, vira-se para Richard e diz:

_Bonequinha, quero que largue do pé da Lua.

_Por que?

_Por que ela não gosta de você seu traveco.

_Você não sabe de nada Robert!

_Eu estou desconfiado que quem não sabe de nada é você bonequinha, pois é claro que Lua gosta de mim, por que ela gostaria de uma garotinha como você? Você não sabe nem como beijar uma garota, alem disso não se engane eu sei que a sua fruta é outra.

_Eu nunca me separarei de Lua, eu amo ela e ela também me ama!

_Espere, ela disse que te amava com essas palavras?

_Não... mas ela disse que gostava muito de mim.

_Foi o que pensei. Hei Boneca está sujinho ali!

Richard olha raivoso para Robert e diz:

_Está tudo limpo, ali não tem nada.

Robert derrama o conteúdo da sacola no chão que por desavença era excremento fecal vindo de João, e diz dando gargalhadas sádicas:

_Ixi agora está sujo, isso foi só um aviso sua bonequinha da próxima vez que eu te ver com Lua será bem pior, trate de não se sentar ao lado dela amanhã.

Richard não diz nada, pois nem uma palavra poderia expressar o ódio que seu coração sentia naquele momento, ele sabia que se estivesse com qualquer coisa pontuda em mãos naquele momento não tardaria em encravar no meio da testa de Robert. Nos últimos dias os insultos não o afetavam tanto, mas quando se trata de Lua seus sentimentos são sensíveis e confusos.

Ele não pretendia atender as exigências de Robert, não se importava com o que poderia lhe acontecer ele apenas queria estar com sua amada, sempre. Decidiu não contar nada do ocorrido a ela, não queria a preocupar com o que considerava tão pouco, aliás sofrera durante os últimos meses insultos e humilhações muito piores, porem nem um envolvendo Lua.

E na manhã seguinte Richard voltou a sentar-se ao lado de Lua, e em hora de intervalos de aula, eles se escondiam atrás do orfanato para desfrutarem um do outro, de forma sutil.

O menino pouco se preocupava com a ameaça de Robert feita no dia anterior, ele se contentava apenas com aquele momento em que se encontrava com os braços de Lua envoltos em seu pescoço, sentia calor dela acalentar seu coração e seu hálito doce que o seduzia a cada beijo.

Naquele mesmo dia no momento livre no pátio do orfanato, Richard encontrava-se sentado suspirando de paixão em um banco em frente a uns arbustos floridos, quando Robert chega e aborda o menino dizendo:

_Ola bonequinha! Está contemplando as florzinhas?

Richard não responde, após uns 5 segundos Robert volta a falar:

_Seu travesti idiota, eu te disse para não se sentar com Lua novamente.

Richard se manteve calado contemplando as flores, Robert diz:

_Boneca estúpida.

Robert avança até as flores, cata umas 10 rápida e violentamente, vira-se para Richard erguendo as flores com a mão direita e diz:

_É isso que você tanto vê Bonequinha? Você quer as flores?

Richard responde secamente:

_Não as quero.

Robert diz:

_Mesmo assim eu quero te presentear com elas.

Robert mais velho e bem mais forte que Richard, avança em direção do menino, e usando sua força abre a boca de Richard, que neste momento começa a se rebater tentando afastar o bruta monte.Mas Robert é muito mais forte, ele ergue as flores e enfia-as com muita força dentro da boca de Richard, após isso fecha a boca de Richard com as mãos e diz:

_Coma essas flores viadinho.

Robert dá dois tapas leves no rosto de Richard que neste momento cospe as flores como louco, e diz:

_Este foi meu último aviso Boneca, eu tenho algo preparado para você se continuar se encontrando com Lua, e dessa vez será a pior das humilhações.

Richard cospe as flores, e não pronuncia uma palavra a respeito do que acabara de ouvir, era evidente que tinha medo desta ameaça em especial, mas o amor dele por Lua era maior, ele não queria terminar tudo agora que estava tão feliz, e mais uma vez ele deixou passar.

Richard sentiu-se mal por este dia, e resolveu que precisava conversar e desabafar com Lua. Encontrou-se com ela escondido após o horário de dormir imposto pelo orfanato.

Naquele momento Lua parecia serena e feliz, Richard sabia que dizendo tudo o que havia acontecido ele a preocuparia e a deixaria inquieta, ele a amava de mais para isso, não queria abalar a paz dela de forma alguma, então apenas inventou a desculpa que estava com saudades de seus beijos.

E nesta noite Richard deita-se certamente amedrontado, mas não mudaria de idéia, nada que Robert fizesse poderia induzir Richard a largar Lua.

No dia seguinte Richard, segue até o refeitório muito pensativo, não conseguia esquecer a ameaça de Robert, estava com medo e inseguro.

Mas isso mudou no momento em que viu Lua sentada a mesa que era de costume estarem. A simples visão de Lua trazia serenidade e amor ao coração de Richard, que ao seu lado sentia que nada poderia os separar, ela era tudo para ele, ele vivia por ela e por ela morreria, por que pensava ser recíproco e enquanto tivesse esta certeza botaria sua mão no fogo por Lua.

E mais uma vez Richard ignora o aviso de Robert, que estava de olho nos dois, e percebeu a imparcialidade de Richard perante seu aviso final.

E lá se vai mais um dia ao lado de sua amada, ao final do dia Richard estava extremamente alegre, pois não teve nem sinal de Robert durante o dia, pensou ele que o aviso final era mero blefe e que nada o iria acontecer, mas infelizmente o pior está por vir.

Os banhos no orfanato eram coletivos, mas Richard por ser muito tímido esperava que os outros meninos saíssem para entrar e banhar-se, naquele dia em que tudo parecia perfeito, Richard entrou no chuveiro feliz, quando sente uma mão em suas costas, no susto ele se vira.

Robert estava a suas costas com mais dois brutamontes, ele olha para Richard com um olhar flamejante e demoníaco, e diz:

_Chegou a hora da bonequinha ser inaugurada!

Os dois brutamontes seguraram Richard o imobilizando e ali naquele momento, ele recebe a maior das humilhações que jamais sonhou, Richard é estuprado pelos 3 rapazes, ele sentiu a pior das sensações que jamais sentiu na vida, ele estava impotente e humilhado, chorou durante o ato, e só o que fez com que ele agüentasse firme foi o que sentia por Lua, ele pensava nela para tornar tudo aquilo menos doloroso, ele pensava que após isso fugiria com ela para nunca mais ser humilhado, ele apenas sentia o amor para ofuscar a dor que sentia em sua integridade masculina.

Após terminarem a crueldade, como se não fosse o bastante Robert olha para Richard e diz:

_Pensa bem se toda essa humilhação vale a pena, isso foi apenas o começo Boneca, Lua não vale isso tudo, toda essa humilhação que você continuará sofrendo enquanto estiver com ela.

Richard responde em meio a choros:

_Nada que você faça vai me fazer terminar com Lua eu a amo, e por acreditar no amor dela eu sofreria o que fosse preciso sem arrependimentos.

_Então abre seus olhos sua bixa, Lua me pediu sigilo, mas vejo que você não tem jeito, terei que te contar toda a verdade.

_O que você quer dizer?

_Eu quero dizer que Lua gosta de mim, ela está comigo, e você? Ela apenas sente pena, ela não te ama, nunca amou, ela simplesmente lamenta o que você sofre. Mas o que me deixa furioso é que ela passa muito tempo com você e pouco comigo.

_Isso é mentira, você só quer fazer eu terminar com Lua, eu não vou terminar nunca enquanto ela me amar.

_Então sua Boneca ridícula, comprove o que digo, apareça amanhã as 00:00 horas, no corredor dos banheiros e você irá ver que o que digo é verdade e que toda essa humilhação que sofreu foi em vão!

Após dizer isso Robert se retira com os outros garotos e Richard fica aos prantos no banheiro, ele nunca havia se sentindo tão mal até então, ele fora humilhado e botarão o amor de Lua em duvida, isso era tudo o que ele temia, uma traição, ele precisava confirmar, pois não acreditava nem 10% no que ouvira, confiava em Lua pois ela foi a única que demonstrou afeto por ele, mas a idéia de traição era terrível mesmo desacreditando precisava da confirmação.

FIM da terceira parte

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A Boneca do Orfanato II


Os dias foram passando vagarosos e sofridos para Richard, que devido a circunstancias se apoiava e confiava cada dia mais em Lua a única pessoa que o ouvia e que não lhe humilhava.
Richard passava os dias pensando em uma forma de dizer para Lua tudo aquilo que ele sentia, mas nem ele ao menos sabia o que de veras sentia por ela, era tudo muito confuso ele não sabia se gostava ou do fato dela lhe dar atenção, ele só sabia que ao lado dela sentia-se seguro e isso era o suficiente para ele naquele momento entregar seu coração a ela.
Numa manhã lindamente iluminada de quarta-feira, o dia era especial para as crianças, pois era dia de brincadeiras e de liberdade, era feriado. Richard após pensar muito resolve que neste dia tão esperado ele diria a Lua o que sentia por ela. Pegou-se varias vezes treinando discursos pré-definidos, mas no fim das contas viu que assim não fusionava, resolveu dizer apenas o que sentir na hora.
E então o dia foi seguido de um vasto café da manhã, com direito a doces e tudo que uma criança gosta, após o café todos saíram para o pátio para as brincadeiras, Richard sentou-se em um banquinho um pouco afastado para tomar coragem enquanto mais uma vez tenta pré-definir o que irá dizer a Lua,
Ela se encontrava a uns 10 metros de onde ele estava, conversando com uma amiga. Richard a observava e cada detalhe de seu jeito meigo e seus olhos luminosos. Com muito custo ele consegue despregar suas nádegas do banco e caminhar em direção a ela.
Chegou diante dela tremendo, ela imediatamente observou algo diferente no garoto, e disse:

_Richard o que foi? Você está doente?
_Ah, não, eu... eu estou bem.
_Você está tremendo!
_Lua posso conversar a sós com você?
¬ Lua vira-se para sua amiga e diz:
_Carla depois a gente se fala OK?
_Claro Lua até logo.
Lua olha no olhos de Richard e diz:
_O que quer dizer?
_Eu... eu preciso te contar uma coisa que sinto.
_Você está passando mal Richard?
_Não, não é isso.
_Então diga.
_Lua eu, eu não sei se devia mas, mas eu preciso te dizer o que sinto por você. Dês de que cheguei aqui só sofri humilhação por parte das outras crianças e somente você me apóia aqui dentro, eu sinto que posso confiar em você, eu penso em você o tempo inteiro, eu quero estar a seu lado sempre, sua simples presença me faz bem... Lua... acho que estou apaixonado por você.
Lua arregala os olhos estupefata, e sem saber bem o que dizer... pega de surpresa e um pouco confusa disse:
_Que... que lindo isso Richard, eu... eu também gosto muito de você e...
Richard extremamente satisfeito com o que ouvira até então interrompe ela dizendo:
_Eu sabia Lua que você sentia o mesmo, a principio fiquei com medo de te dizer, por que achei que você não gostava de mim dessa maneira mas depois eu tive a certeza do contrário, e agora você me disse. Lua este é o único momento feliz que tive depois que meus pais se foram.
Richard abraça Lua fortemente, e chora em seu vestido amarelo de detalhes brancos, Lua comovida com a situação, abraça fortemente Richard, e em seguida olha em seu rosto e diz:
_Richard, venha comigo.
Então sorrateiramente Richard e Lua se dirigem a atrás do orfanato, onde era impossível vê-los, lua chega perto de Richard pega em sua mão e diz:
_Richard você já beijou uma garota antes?
Richard se assusta com a situação, pois ele não esperava que tão logo ele teria este tipo de contato com uma garota, na verdade ele nem havia pensado nisso quando se declarou a Lua, ele apenas queria dizer que a amava e nada mais. Richard impressionado e muito ansioso diz timidamente:
_Não, nunca tive...
_Então feche os olhos.
Richard fecha seus olhos, e aguarda... aguarda... quando ele pensa em abrir os olhos, sente os suaves lábios de lua tocando os seus, ele meio sem jeito, ela experiente. Lua pega nas mãos de Richard e os envolve em sua cintura, e continua a beijá-lo.
Ele tinha uma sensação que nunca havia sentido antes, era algo quente e nostálgico, ele apenas pensava que poderia passar a vida inteira fazendo aquilo, mas isso é impossível e o beijo chega ao fim.
Richard olha impressionada no rosto de Lua que esboça um suave sorriso, ele imediatamente abraça ela e diz mais uma vez para que ela não se esqueça:
_Lua você é a pessoa que mais amo na minha vida, eu não quero nunca ficar longe de você, me prometa que estará sempre do meu lado?
Lua meio sem jeito evita responder, mas Richard insiste:
_Lua você me promete?
Lua reponde com uma vós sufocada e sem firmeza.
_Sim.
Richard põe-se a chorar novamente. Lua diz:
_Hei Richard não chore, você está feliz ou triste? Enxugue essas lágrimas e vamos voltar ao grupo, OK?
Richard diz, pondo em seu rosto um sorriso de orelha a orelha.
_Sim, claro!
Então ele e Lua voltam ao grupo. Ela se afasta dele e vai em direção a amiga com quem conversava antes, a amiga imediatamente pergunta em tom baixo:
_O que esse menino queria com você Lua?
Lua responde com um tom preocupado na voz:
_Ele está gostando de mim.
_E a o que você fez?
_Eu fiquei com ele.
_Lua, mas não é do Robert que você gosta?
_Fale mais baixo! Sim é dele que eu gosto, mas tive pena de Richard ele parece estar mesmo gostando de mim, não tive coragem de dizer a verdade a ele.
_Ai Lua só você para dar atenção a este garoto estranho, olha aqui eu já falei com o Robert que você é afim dele, e ele também está afim de você, então trate de resolver isso logo.
_Claro, amanhã eu tento dizer a verdade para o Richard e então poderei ficar com meu verdadeiro amor.
_Lua você não devia ter iludido esse garoto!
_Eu já disse eu tenho pena dele, e olha aqui, nem pense em contar para alguém que vou ficar com o Robert o Richard não pode saber disso de jeito nem um!
_É se ele souber vai ser horrível por que eu percebi que o Robert é quem mais judia dele.
_Por isso o Richard não pode nem sonhar em saber!
_OK, OK!

E assim seguiu este dia todo especial para Richard, nem uma das humilhações sofridas por ele naquele dia tiveram grande efeito em seu humor pois ele ocupava sua mente com algo sublime, o amor.

Fim da segunda parte.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esse blog é dos bons!



Agradecimentos a querida Sophie do blog Lunar Strain que me indicou esse selo *-*

E devo repassa-lo para mais 5 blogs, vamos lá:
Ninho de Gato
Blog da Mitti
Uma bebida e um amor sem gelo por favor
Trash Ablaze
Oferecimento especial a minha nova amiga Leticia do blog Toddy no Leite, esse é o primeiro selo que ela recebe e me sinto honrado que ele parta de mim:
Toddy no Leite

FIM

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Boneca do Orfanato I



Raios partiam os céus, era uma noite chuvosa e de pouca luz, na Rua Santo André em frente ao orfanato Luz tudo o que se via era um mendigo sentado cobrindo-se com uma lona preta furada, era uma rua pobre a única construção que se destacava ali era o orfanato.

Ele tinha uma rotina puxada, todos os horários deviam ser obedecidos ou se não o castigo era certo, porem, algumas freiras faziam vista grossa em alguns casos, por pura preguiça, os únicos castigos que eram certos eram os fáceis de dar.

O relógio do orfanato batia 20h naquele momento, hoje era um dia incomum, dia de receber criança nova no orfanato, as freiras posicionavam as crianças em duas filas em frente à porta de entrada. Uma fila de meninas e outra de meninos obedecendo à ordem de tamanho crescente. Todas às vezes era a mesma coisa, quando os alunos eram reunidos na sala para receber novos companheiros, os comentários se arrastavam de um lado ao outro, fazendo um barulho intenso e inidentificável.

A ansiedade dos alunos era sempre absurda, pois não dava para saber o que eles esperavam de seus novos colegas, os comentários continuavam infestando a sala quando em um DING DONG, o silêncio invadiu a sala como um raio, e só o que pairou foi o silêncio pré-revelação.

Imediatamente a irmã Maria precipitou-se à porta, abriu-a vagarosamente, e quando a expectativa já estava exalando das cabeças dos alunos, o colega novo entra pela porta acompanhado de uma mulher grande e magra do serviço social. Imediatamente os alunos frisarão o pequeno Richard, aluno novo, ele era um menino muito baixo, de cabelos lisos e negros, as formas de seus olhos azuis lembravam o olho de um gato, sua boca era pequena e rosada, seu rosto era angelical impossível de se distinguir qual era seu sexo assim como os anjos devem ser.

Ele estava parado ali de cabeça baixa, com suas pequenas mãos sobrepostas, evidente que era um menino muito tímido, mas isso não abalava os alunos que no mesmo momento iniciaram uma ridícula seção de comentários maldosos:

_O que é isso?

_Nos não íamos receber um menino hoje?

_Ele parece mais ume menininha.

_Olha só é um travesti.

_Hei bonequinha!

Meio chocada com o que via a irmã Joana expeliu um agudo e incomodo grito clamando por silêncio:

_Silêncio seus pestinhas!

E assim os alunos puseram-se em silêncio, e irmã disse com uma voz rouca e tremula:

_Querido apresente-se a seus novos irmãos.

Richard deu um pequeno passo a frente e disse com sua voz sufocada e tímida:

_Eu me chamo Richard, tenho 12 anos e meus pais morreram a poucos dias, então fui mandado para cá pois nem um de meus parentes tem condições de me criar.

A irmã Maria pega na mão de Richard e diz:

_Já está bom querido, leve suas coisas lá para cima, tem uma cama preparada para você, ela será a ultima da fila direita, certo querido?

_Sim senhora.

Imediatamente a irmã se vira à uma aluna, e diz:

_Lua, leve Richard até seu quarto.

Ela com sua voz suave e cativante responde:

_Claro irmã.

Ao bater os olhos em Lua, Richard instantaneamente sentiu seu coração vibrar. Lua era uma linda jovem, tinha 15 anos, longos cabelos lisos e castanhos, olhos verdes bem clarinhos que lembravam a água do mar, seus lábios eram carnudos e estreitos bem rosados, era magra um pouco alta. Era linda como Richard nunca havia visto antes.

Lua pegou na mão de Richard em um toque suave, ele ergueu sua mala do chão, ela foi o guiando delicadamente até as escadas onde já era longe dos olhos alheios, então disse:

_Me desculpe pelos comentários de mal gosto dos outros alunos.

_não, se desculpe...

_Eles são muito estúpidos, a maioria é... em todo caso saiba que vai poder contar comigo para tudo, pois cá entre nós, as irmãs são meio negligentes, no primeiro dia são uns amores mas depois nem se importam mais... sabe que outro dia encontrei uma sinta liga e um salto alto no quarto da irmã Joana, dês de então estou investigando para saber em que ocasiões ela usa isso... á me desculpe, eu falo um papagaio!

Richard responde apenas com um sorrisinho sem graça e ela continua:

_Bom, já vi que você não é de falar muito, então vamos subindo? Quer ajuda com a mala?

_Não obrigado, está tudo bem.

Então ela continuou guiando-o até o andar de cima, o chão era de madeira e rangia a cada paço que era dado por Lua com seus sapatinhos rosas o que atraia a atenção de Richard. Então ela para em frente a uma porta aberta escrito “Dormitório Masculino”, Richard olha à adentro.

Era quarto muito comprido paredes de concreto sutilmente pitadas de azul, e o chão de madeira bem lisa, havia duas fileiras de camas, a que ele devia aconchegar-se era a ultima da fileira direita.

Luz chama sua atenção cutucando seu ombro:

_Hei, Richard, eu vou descer, depois que por suas coisas vá para a sala de jantar, fica a direita da porta de entrada do orfanato.

_Certo e obrigado mais uma vez.

_De nada qualquer coisa é só me falar.

Richard entrou no quarto, vou caminhando lentamente, olhando em cima de cada cama e cada criado mudo, percebia-se as características de cada aluno, apenas olhando seus pertences, foi um momento hipnotizante o sonoro toc toc de seus sapatos colidindo com o chão e seus pensamentos voando pelos pertences dos alunos.

Finalmente ele chega em sua cama, parecia ser a mais antiga e gasta, mas isso não representava problema para ele, pois ele já tivera tantos nos últimos dias que nem se importa mais com detalhes tão insignificantes. Ele imediatamente posa sua mala ao lado de sua cama e senta-se, apalpando os lençóis sentindo a delicadeza dos mesmos e imaginando a suave e pálida pele de Lua em suas mãos, e seu pensamento diz para si mesmo:

_Talvez haja uma coisa boa neste orfanato.

FIM da primeira parte.



BOM, gente desculpe a demora para postar essa primeira parte, xD eu queria fazer um desenho do Richard para postar junto, mas adai demoraria mais ainda, então eu resolvi botar o desenho depois... espero que tenham gostado, beijos amo todos!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

M&M's não! Memes!



Este selo muito divertido ^.^ recebi da minha querida Sophie <== espero q esteja correto!

Regras:

Responder o questionário e repassar.

1- Que horas você acordou hoje?
7:30 ¬¬” odeio isso!

2 - Diamantes ou pérolas?
Tanto faz.

3 - Qual foi o último filme que você viu no cinema?
Helloween.

4 - O que você come geralmente no café da manhã?
Nada.

5 - Qual comida você não gosta?
Carne seca =P ÉCA!'

6 - No momento qual é o seu CD favorito?
Atheos da banda GPKISM..

7 - Sanduíche favorito?
Qualquer um.

8 - Que característica você detesta?
Falsidade.

9 - Se você pudesse ir pra qualquer parte do mundo de férias, pra onde você iria?
Japão ou Suécia.

10 - Onde você gostaria de se aposentar?
Ainda não é hora de pensar nisso ^^

11 - Qual foi o seu aniversário recente mais memorável?
O meu niver de 7 anos ¬¬” , faz tempo kkkk

12 - Esporte preferido pra assistir?
Vôlei.

13 - Quando é o seu aniversário?
21/05

14 - Você é uma “morning person” ou uma “night person”?
Night total ^^

15 - Quanto você calça?
39/40

16 - Animais de estimação?
Por enquanto nem um, mas estou fazendo planos de comprar uma tarântula macho, e vou botar o nome de Morgana nele *-*

17 - Alguma novidade que você gostaria de compartilhar?
Não.

18 - O que você dizia que queria ser, quando criança?
Dentista.

19 - Como você está hoje?
Doente.

20 - Qual é o seu doce preferido?
Praticamente qualquer coisa que seja doce me agrada..

21 - Qual a sua flor favorita?
Nem sei.

22 - Por qual dia do calendário você está esperando ansiosamente?
Nenhum.

23 - Qual o seu nome completo?
Ramon Paixão Spadetti

24 - O que você está escutando agora?
GPKISM, Seilee, Megaromania, Velvet Éden, slayer, Legion of the damned, Dr. Accula.

25 - Qual foi a última coisa que você comeu?
Cocinha de frango com catupiri *-*

26 - Você faz pedido para as estrelas?
Coisa de doido!

27 - Se você fosse um lápis de cor, que cor seria?
Preto.

28 - Como está o tempo agora?
Calor, e as vezes chuvoso.

29 - Última pessoa que você falou no telefone?
Minha mãe.

30 - Refrigerante preferido?
Fanta Laranja

31 - Restaurante preferido?
Qualquer um que tenha batata frita.

32 - Qual era o seu brinquedo preferido quando criança?
Bonecos do homem aranha

33 - Inverno ou verão?
Inverno.

34 - Beijos ou abraços?
Depende de quem.

35 - Chocolate ou Baunilha?
Chocolate.

36 - Café ou chá?
Chá.

37 - O que tem debaixo da sua cama?
Meu amigo imaginário.

38 - O que você fez na noite passada?
Baixei umas musicas da banda Seileen

39 - Do que você tem medo?
De coisas de outro mundo G_G e de pessoas.

40 - Salgado ou doce?
Amo doces, amo, amo, amo, tem vezes que me dá tanta vontade de comer doce que eu passo mal xP, mas gosto de coisas salgadas tbm, dependendo da situação.

41 - Quantas chaves tem no seu chaveiro?
Eu nem tenho um.

42 - Dia preferido da semana?
Sábado.

43 - Em quantos lugares você já morou?
Só um, onde moro hoje em dia.

44 - Você faz amigos facilmente?
Não mesmo, eu sou extremamente tímido =/

Vou repassar para:

Alone in the Dark

Blog da Mitti

Bebidaeamorsemgeloporfavor

Ninho de Gato

Pronto ^^ valewssss pessoas!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não é a hora!



Mais um desenho


Não posso dormir, meus olhos não pregam.

Sinto vossa presença em meu quarto.

Acendo a luz.

Finalmente chegaram.

Eu estive esperando durante todo este tempo.

Não me olhem assim!

Vocês demoraram a chegar.

Eu pensei que ainda sofreria por muito tempo.

Mas vocês estão aqui agora.

Prontos para me tirar desta agonia.

O que estão fazendo?

Aonde vai?

Me levem junto.

Não se vão.

Eu esperei de mais por isso, vocês não podem me deixar aqui.

Por que me chamam de covarde?

Então por que vieram aqui?

Só para eu me sentir pior?

Por favor não se vão!

É tarde!

Eles não me levaram junto.

Acordo em uma cama de hospital.

Vejo minha esposa e filha, sentadas chorando perto da cama.

Vejo meus punhos cortados.

Entendo por que não fui levado.

Alguém se importa comigo!